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Parashat Balak - A Divindade de Bilam era o HaShem, ou o Touro Él?

Na recomendada obra do professor Richard Elliot Friedman, Who Wrote the Bible? (New York: Perennial Library, 1989) = Quem escreveu a Bíblia?, se faz um velho e importante questionamento, inspirado no Talmud, tratado de Báva Bátra 14b:

משה כתב ספרו, ופרשת בלעם, ואיוב.

Moshe escreveu ‘seu livro’, a parashá de Bilam, e o livro de Ióv.

Ao explicar o estranho trecho, sobre a Parashá de Bilam ser considerada, um livro independente, o comentarista medieval chamado Rashi (rabino Shlomo ben Itzhak) disse:

ופרשת בלעם - נבואתו ומשליו אף על פי שאינן צורכי משה ותורתו וסדר מעשיו:

[comentando a frase] “a porção de Bilam” – [o Rashi diz que se refere a] suas profecias e provérbios, mesmo que não refletissem o propósito de Moshê, nem sua Torá, nem as narrativas de suas ações.

Então, mesmo com o fato de Rashi ter explicado o trecho no Talmud, mantendo a visão de que Moshe escreveu as profecias e provérbios de Bilam, colocando tais materiais naquilo que seria sua Torá, ele ainda mantinha a visão de que, tais declarações e provérbios de Bilam, seriam originalmente independentes; tanto da narrativa da Parashá, quanto do restante da Torá.

Esta abordagem relacionada aos provérbios de Bilam, tem seus representantes entre estudiosos atuais. No comentário da Bíblia Anchor, o Professor Dr Baruch Levine concluiu que,

“o que fica bastante claro é que, os poemas falam por si mesmos; e que as narrativas são diferentes caracterizações de Bilam”.

[Fontes e referências: Baruch A. Levine, Numbers 21-36: A New Translation with Introduction and Commentary. (New York: Doubleday, 2000), páginas 207–208.]

Seguindo o raciocínio tanto de Levine quanto do Rashi, este estudo do rabino Robert Harris - autor da obra Discerning Parallelism: A Study in Northern French Medieval Jewish Biblical Exegesis = Discernindo o paralelismo: um estudo na exegese bíblica judaica medieval do norte da França – procura ilustrar o entendimento acadêmico de que, os poemas de Bilam são totalmente independentes e estrangeiros, em comparação com a totalidade da narrativa. Tal compreensão permite melhor entender seu real sentido.

O Elohim e o Él

Para que possamos compreender melhor, vamos prestar atenção a um versículo que ocorre duas vezes em nossa Parashá – Bamidbar capítulo 23 verso 22 e Bamidbar capítulo 24 verso 8; aonde perceberemos uma pequena variante:

אֵ֚ל מוֹצִיא֣וֹ מִמִּצְרַ֔יִם כְּתוֹעֲפֹ֥ת רְאֵ֖ם ל֑וֹ יֹאכַ֞ל גּוֹיִ֣ם צָרָ֗יו וְעַצְמֹתֵיהֶ֛ם יְגָרֵ֖ם וְחִצָּ֥יו יִמְחָֽץ׃

El que os tirou do Egito,
lhes dá força do Re'em.
Devorará as nações que se opuserem a vocês,
quebrará os seus ossos, ele as ferirá com suas flechas.

O entendimento tradicional do termo Hebraico אל <Él>; dentro do contexto do poema, é dizer que se trata de uma referência a Divindade; ou seja, "ao entendimento de Divindade dos Hebreus, a Divindade única.

Isso não é surpreendente; já que esse é o sentido geral na Bíblia Hebraica, quando faz uso daquele termo.

No entanto, os estudiosos da Bíblia Hebraica, há muito tempo compreenderam que o termo Hebraico אל <Él>; também era o nome próprio, de uma antiga divindade considerada principal, no panteão dos povos Kena’anim. Seu nome próprio era, Él (ou, Íl).

De tal modo que, o nome “Is-ra-Él” na verdade, continha o chamado, elemento teofórico; (ou seja, em referência ao divino), que seria o termo Él; que implicaria fortemente, que o antigo povo de Israel prestava culto para a divindade Él; – dos Kena’anim - durante seu período de formação.

Assim, seria muito provável que, em seu contexto original, os versos que selecionamos não considerassem o termo, como se fosse uma referência ao entendimento de Divindade dos Hebreus, para dizer que o termo se referiria ao autor do êxodo de Israel da escravidão egípcia; mas seria uma indicação da divindade Él; de Kena’án.

E como o nome Él; estava sendo usado nas rezas de Bilam?

O nome estava sendo usado como um epíteto do HaShem, como um substantivo comum no sentido de “divindade” ou seria mesmo um nome próprio; se referindo à divindade semítica ocidental Él?

O paralelismo único entre Él; e HaShem (o tetragrama) no primeiro poema ( Bamidbar 23 : 8 ) sugere, que o uso do nome Él; nos poemas de Bilam foi discreto, não epitético. E que seria Él; não HaShem, que seria a divindade que seria considerada como que, capacitando Bilam. Seria daquela ideia de divindade, que as palavras de Bilam resultariam, e cujas visões ele dizia que tinha.

Teria sido então, o considerado poderoso Él; que era antes considerado, como aquele que tirou Israel do Egito.

(Fontes e referências: Baruch A. Levine, Numbers 42).

Se tais questionamentos estiverem corretos, devemos traduzir nosso verso como:

“Él; os tirou do Egito, como os chifres de boi selvagem, que ele tem!"

Particularmente notável seria o fato de que, o epíteto geral de Él; na antiga terra de Kena’an, era justamente: "O Touro!".

A própria Bíblia Hebraica demonstra repetidamente, que os antigos israelitas reconheciam a existência ou prestavam culto abertamente, a mais de uma ideia de divindade e que; eventualmente, essas divindades regionais se fundiram nas mentes dos israelitas, quando se construiu a concepção da Divindade única em Israel, hoje em dia tão familiar na Torá e no Judaísmo posterior.

Deste modo, o professor Mark Smith, da Universidade de Nova York, estudou por muito tempo o processo pelo qual as varias divindades cultuadas na Idade do Bronze e do Ferro, foram gradualmente sendo identificadas como o Elohim de Israel.

[Fontes e referências: Mark S. Smith, The Early History of God: Yahweh and the Other Deities in Ancient Israel(San Francisco: Harper & Row, 1990).]

Smith chama esse processo de Convergência, pois divindades como Él; passaram a ser identificadas como idênticos ao que se pretendia dizer, com HaShem.

E ao comentar sobre tal Convergência, Levine escreve que:

“A síntese de Él; com o HaShem, tão prevalente em certas tradições bíblicas, e o triunfo do culto ao Tetragrama exclusivamente, ainda não estavam concretizados. O panteão regional abrangente, ainda era dominante na estrutura mais ampla da sociedade israelita. De fato, as rezas de Bilam de Bamidbar 23 – 24 estão declarando que foi Él; chefe do panteão regional, redimiu Israel do Egito, e agora estava trazendo aquele povo para “sua” terra. As divindades do panteão regional, a quem Bilam servia, e que eram chefiadas por Él; lhe ordenaram que abençoasse Israel, proibindo-o de pronunciar maldições sobre aquele povo, que foi abençoado por eles. Para simplificar, a própria divindade principal de Bilam, Él; estava deixando ele incapacitado! É por isso que não houve batalha de poderes divinos, nos poemas de Bilam”.

Outro possível exemplo disto, vem dos versos de Bamidbar 23: 21 a 22, aonde a divindade Él; foi apresentada numa estrutura paralela, com a divindade, HaShem:

לֹֽא־הִבִּ֥יט אָ֙וֶן֙ בְּיַעֲקֹ֔ב וְלֹא־רָאָ֥ה עָמָ֖ל בְּיִשְׂרָאֵ֑ל יְהֹוָ֤ה אֱלֹהָיו֙ עִמּ֔וֹ וּתְרוּעַ֥ת מֶ֖לֶךְ בּֽוֹ׃

Não viu perversidade em Iáacov

não viu mal em Israel

HaShem seu Eloah está com eles

aclamado como rei, entre eles!

אֵ֖ל מוֹצִיאָ֣ם מִמִּצְרָ֑יִם כְּתוֹעֲפֹ֥ת רְאֵ֖ם לֽוֹ׃

El os trouxe do Egito como os chifres do Re'em.

Essa estrutura textual paralela, parece estar falando a uma comunidade que ainda não entendia suas obrigações para com o divino, como expressões de uma devoção singular, a uma ideia de Divindade como unicidade absoluta.

Além disso, devemos prestar atenção na diferenciação, pois algumas outras divindades e certos aspectos de sua celebração, passaram a ser rejeitados como "de Kena’anim" e; portanto, foram excluídos da celebração israelita – por assim dizer – "autorizada".

Bilam e Él; A evidência de Deír Ála

Voltando ao personagem de Bilam, esta figura não é apenas um personagem da Bíblia Hebraica, mas também era conhecida na literatura extra-bíblica, especificamente no que é conhecido como as inscrições Deír Ála.

Deír Ála é um local, que fica a leste do rio Jordão onde, em 1967, os arqueólogos descobriram uma série de inscrições num templo, que mencionam um "vidente das divindades" chamado justamente: Bilam o filho de Beor!

É digno de nota que, os textos antigos retratavam um profeta muito semelhante à figura bíblica de nossa porção da Torá:

Este é o relato de Bilam, filho de Beor, que era um vidente das divindades. Os deuses vinham a ele durante a noite, e ele tinha uma visão, de acordo com o oráculo de Él. Então, eles falaram a Bilam, o filho de Beor: “Ele fará isso... no futuro” ... E Bilam se levantava no dia seguinte ... e chorava amargamente …

[Fontes e referências: A tradução da inscrição é de Jacob Milgrom na obra, Numbers: The Traditional Hebrew Text With the New JPS Translation (Philadelphia: Jewish Publication Society, 1990), página 474.

O pesquisador Baruch Levine, escreveu sobre o impacto dessas inscrições, tanto para a compreensão do Livro de Bamidbar, quanto para reconstruir os "pontos de vista religiosos", encontrados entre os antigos israelitas. Ele disse:

É provável que as inscrições Deír Ála, falem em nome e tenham sido compostas por israelitas guileaditas; pois eles eram principalmente – se não, exclusivamente, cultuadores de Él; uma vez que o nome de HaShem – o tetragrama - nunca aparece nos textos de Deír Ála.

Além disso, os poemas bíblicos de Bilam, podem muito bem ter sido compostos em Guilead por seus contemporâneos israelitas, que celebravam o HaShem como a Divindade de Israel, mas não de modo exclusivo…

[Baruch A. Levine, Numbers 43]

A semelhança entre o que a inscrição mostra, e alguns dos versos-chave que introduzem as profecias de Bilam na nossa Parashá são impressionantes:

וַיִּשָּׂ֥א מְשָׁל֖וֹ וַיֹּאמַ֑ר נְאֻ֤ם בִּלְעָם֙ בְּנ֣וֹ בְעֹ֔ר וּנְאֻ֥ם הַגֶּ֖בֶר שְׁתֻ֥ם הָעָֽיִן׃

E ele fez sua parábola e disse:

Juramento de Bilam filho de Beor

Juramento do homem cujos olhos foram abertos

נְאֻ֕ם שֹׁמֵ֖עַ אִמְרֵי־אֵ֑ל אֲשֶׁ֨ר מַחֲזֵ֤ה שַׁדַּי֙ יֶֽחֱזֶ֔ה נֹפֵ֖ל וּגְל֥וּי עֵינָֽיִם׃

Juramento de quem ouve El falar

que contempla o que Shadai contempla

Que caiu, mas mantém os olhos abertos.

Tanto as inscrições antigas, quanto o Livro de Bamidbar consideram a figura de Bilam, como um mensageiro da divindade Él.

Entendendo a ideia de Divindade de Bilam e a divindade Él.

Considerando a evidência considerada neste estudo, tanto no que se refere a Bíblia Hebraica, quanto em comparação com outros textos do Antigo Oriente Próximo; parece claro que, o sentido simples da declaração de Bilam era que a divindade, chamada, o Touro Él; – sua divindade, e antigo chefe do panteão de Divindades dos povos Kena’anim – havia tirado Israel do Egito.

As inscrições dos povos Kena’anim, escavados em Ugarit, descrevem a divindade Él em termos como: “O Touro Él; seu pai”; e também: “O Rei, Pai dos Anos”; e também: “aquele que é bondoso, Él; o Compassivo”.

[Fontes e referências: Ver o artigo de Frank M. Cross sobre Él publicado no G. Johannes Botterweck, e Helmer Ringgren, Theological Dictionary of the Old Testament (tradução de John T. Willis; Grand Rapids: Eerdmans, 1977), páginas 242–261.

É claro que, existem paralelos na Bíblia Hebraica:

(י) הֲל֨וֹא אָ֤ב אֶחָד֙ לְכֻלָּ֔נוּ הֲל֛וֹא אֵ֥ל אֶחָ֖ד בְּרָאָ֑נוּ מַדּ֗וּעַ נִבְגַּד֙ אִ֣ישׁ בְּאָחִ֔יו לְחַלֵּ֖ל בְּרִ֥ית אֲבֹתֵֽינוּ׃

(10) Não temos todos nós um só Pai? Um El não nos criou? Por que quebramos uns com os outros, profanando o pacto de nossos pais?

Se a referência original do verso da profecia de Bilam, for realmente Él; como interpretar esta surpreendente expressão – do período pré-monoteísta - de agradecimento a uma divindade, "da Torá"?

Tal como refletiu, o grande professor Uriel Simon, da Universidade Bar Ilan, se expressando de modo tipicamente eloquente:

“Qual é o sentido religioso do peshat?”

[Fontes e referências: Uriel Simon, “The Religious Significance of the Peshat,” Tradition 23.2 (1988): páginas 41 a 63. Ver também: Stephen Garfinkel, “Applied Peshat : Historical-Critical Method and Religious Meaning.” The Journal of the Ancient Near Eastern Society 22 (1993): páginas 19 a 28. E também: Robert A. Harris, “Concepts of Scripture in the School of Rashi.” In Jewish Concepts of Scripture: A Comparative Introduction (ed. Benjamin D. Sommer; New York: NYU Press, 2012), páginas 102-22]

O conceito de Divindade do Rambam

Para responder a questionamentos como estes, o rabino Robert Harris começa com uma fonte improvável: o início da grande composição do Rambam, a coletânea denominada, Mishnêh Torá.

(א) יְסוֹד הַיְסוֹדוֹת וְעַמּוּד הַחָכְמוֹת לֵידַע שֶׁיֵּשׁ שָׁם מָצוּי רִאשׁוֹן. וְהוּא מַמְצִיא כָּל נִמְצָא. וְכָל הַנִּמְצָאִים מִשָּׁמַיִם וָאָרֶץ וּמַה שֶּׁבֵּינֵיהֶם לֹא נִמְצְאוּ אֶלָּא מֵאֲמִתַּת הִמָּצְאוֹ:

(1) O fundamento de todos os fundamentos, e o pilar da sabedoria é saber que há o Ser Primeiro; que trouxe tudo à existência. Tudo o que há nos céus, na terra e entre eles, só é possível pela realidade de Sua existência.

É muito provável que o Rambam tenha escolhido suas palavras iniciais, para sugerir deliberadamente, que o nome pessoal e mais íntimo da Divindade representa o conceito de Divindade que ele tinha: As letras iniciais de cada palavra nesta primeira frase Hebraica: (יסוד היסודות ועמוד החכמות) produzem o nome Divino: "Iod – Hêh – Váv – Hêh”.

O que o Rambam estava tentando fazer neste trecho, é descrever o conceito tradicional de Divindade, sem o uso de epítetos, numa formulação objetiva e direta, no que ele considerava ser, um meio popular de expressar o conceito.

Normalmente, encontramos representações da Divindade, no estilo linguístico do Rambam, em hinos como o famoso, “Adon Olam”, na estrofe:

והוא היה, והוא הוה, והוא יהיה בתפארה.

E ele foi; e ele é; e ele será, em seu esplendor.

Se refletíssemos sobre essas descrições da ideia de Divindade – já que, muitas vezes cantamos esses hinos de forma mecânica, sem pensar em seu sentido - provavelmente concordaríamos, que são reflexões teológicas.

No entanto, é duvidoso que muitos de nós faça rezas utilizando tais concepções, especialmente quando experimentamos necessidades ou enfrentamos traumas. Em vez disso, quando nossas necessidades são maiores, normalmente pensamos na Divindade por meio de termos antropomórficos e até apaixonados; como:

אנא, בעל הרחמים

אבינו שבשמים

אבינו מלכינו

Eu te busco, senhor da Misericórdia!

Nosso pai que está nos céus!

Nosso pai, e nosso Rei!

Quando nos sentimos mais apaixonados pela reza, gravitamos mais naturalmente para pensar na Divindade, em termos compassivos e menos filosóficos - apesar de qualquer consideração, na questão das verdades teológicas.

Embora já tenhamos passado muito tempo, considerando que “rezar a Él"; ou seja a uma ideia de divindade antropomorfizada, seria como rezar a uma entidade divina separada; na realidade, a imagem associada ao divino nessas rezas populares, continua ressoando muito mais as descrições míticas daquela velha ideia de divindade Él; chamado de “o Touro!”; do que com as descrições precisas, maduras e menos religiosas do Rambam, da Divindade como a Realidade que move o Universo, o “motor imóvel” da Filosofia de Aristóteles.

Conclusão

Como os estudos modernos e o texto bíblico demonstram, a convergência entre a ideia de divindade hoje chamada de HaShem (representando pelo, tetragrama) e a divindade dos povos Kena’anim, Él; nas mentes dos antigos israelitas, já ocorria desde os tempos bíblicos.

No entanto, ainda temos coisas que podemos aprender sobre a ideia popular de divindade e sobre nós mesmos, ao pararmos para considerar como nossos antepassados na antiguidade imaginavam a Divindade; e como podemos apreciar a engenhosidade que eles trouxeram, para seus esforços em compreender melhor a ideia de Divindade, algo que os levou a celebrar uma nova concepção do Divino - por meio de outra descrição da Divindade.

Como o rabino Neil Gillman ensinou:

“Todas (ou pelo menos a maioria das) "conversas sobre Deus" são metafóricas.

[Fontes e referências: Neil Gillman, Sacred Fragments: Recovering Theology for the Modern Jew (Philadelphia: Jewish Publication Society, 1990).]

As pessoas tendem a descrever a divindade de qualquer maneira que ressoe com a velha ideia que elas tem de si mesmas. A Divindade de Israel é Unicidade Absoluta, mas as concepções das pessoas sobre a divindade, são muitas.

Algumas dessas concepções remontam a velha ideia da divindade Él, referenciado pelo profeta arameu Bilam; e transcrito pelo profeta israelita, Moshe.

Essas imagens ainda perpetuando e ressoam no texto bíblico, e nas rezas judaicas, onde nos voltamos para a ideias de que o Divino seria, “nosso pai”, ou seria “o misericordioso”; e que deveria “nos salvar” em tempos de necessidade; tal como ele fez, quando nos tirou do Egito.