[continuando da discussão anterior: A Guemará comenta: Os dois Sábios não discordavam. Este, o Rav Aḥa bar Iáacov, que disse que se conta a partir do momento em que o animal está apto para oferta, falava sobre um primogênito sem defeito, que deve ser levado ao altar para a oferta] ...aquele, o Abaie, que tinha dito que se conta a partir do momento em que o animal nasce, estava falando de um animal maculado. Uma vez que tal animal, estava apto a ser abatido desde o dia de seu nascimento [por não estar maculado], se alguém não o desse ao Kohen, dentro de um ano contando daquele dia, transgride a proibição de não se atrasar. A Guemará pergunta: Um animal com defeito pode realmente ser comido imediatamente, no dia em que nasce? Não seria necessário esperar oito dias antes de abatê-lo, para verificar se o animal é viável e não nasceu prematuro?
A Guemará responde: Se trata de um caso em que se tem a certeza de quando o animal foi concebido e de que se completaram os meses de gestação, para que se possa presumir que seja viável.
§ Os Sábios ensinaram um baraita que expande o sentido do que foi ensinado na Mishná: No primeiro dia de Nissan é o Ano Novo para a contagem dos meses do ano, e para os anos bissextos, e para a coleta dos Shekels que eram coletados em Adar e usados para comprar animais para ofertas comunitárias e outras necessidades do Templo; e alguns dizem que era também o Ano Novo do arrendamento de casas. De onde tiramos que o primeiro dia de Nissan era o ano novo para os meses? Do que foi escrito: “3 Falem a todo Israel reunido e digam: No décimo dia deste mês, cada homem deve pegar um carneiro ou um cordeiro para sua família, um por casa - 4 exceto se a casa for muito pequena para um carneiro inteiro ou um cordeiro; neste caso, ele e seu vizinho mais próximo devem compartilhá-lo, dividindo-o de acordo com o número de pessoas que o comerão. 5 O animal deve ser sem defeito, um macho de 1 ano, e pode-se escolher um carneiro ou um cabrito. 6 Vocês devem guardá-lo até o décimo quarto dia do mês, e, então, toda a comunidade reunida de Israel, o abaterá ao escurecer” (Shemot 12 : 2, 6). E em outro lugar está escrito: “Observem o mês de Aviv e celebrem o Pessa'h para o HaShem, seu Elohim, pois no mês de Aviv, à noite, HaShem, seu Elohim, os tirou do Egito” (Devarim 16 : 1). Qual é o mês em que ocorre o "Aviv" - amadurecimento do grão? Você tem que dizer que este é Nissan, o chamado primeiro mês do ano. A Guemará pergunta: Mas pode-se dizer que seria o mês de Iár. A Guemará responde: É necessário um mês de amadurecimento e em Iár não há amadurecimento, pois o grão já amadureceu. A Guemará pergunta novamente: Mas pode-se dizer que é o mês de Adar, o mês em que parte do grão começa a amadurecer. A Guemará responde: O mês em que ocorre a maior parte do amadurecimento é necessário, e este não é o caso em Adar, pois a maior parte do grão amadurece durante o mês seguinte, o mês de Nissan. A Guemará pergunta: Mas a maior parte do amadurecimento foi mencionada no verso? O verso apenas fala do mês de amadurecimento e, visto que há algum amadurecimento em Adar, é possível sim que este fosse o primeiro mês. Em vez disso, Rav Ḥisda disse: Deriva-se que Nissan é o primeiro dos meses a partir daqui. O verso afirma: “No entanto, no décimo quinto dia do sétimo mês, quando tiverem juntado o produto da terra, guardem a festa do HaShem por sete dias; o primeiro dia será de descanso absoluto, e o oitavo dia será de descanso absoluto” (Vaicrá 23 : 39). Qual é o mês em que ocorre a colheita do grão dos campos, antes do início das chuvas? Você tem que dizer que este é Tishrei e é chamado de o sétimo mês. Portanto, Nissan é o primeiro mês do ano.
A Guemará pergunta: Mas se poderia dizer que o verso se referiria ao mês de Marḥeshvan, e o que se pretendeu implicar por sétimo? É o sétimo mês desde o mês de Iár. A Guemará rejeita esta possibilidade: Seria necessário um mês de coleta e em Marḥeshvan não há coleta, pois as safras já teriam sido colhidas e os campos já começavam a ser arados e preparados para o plantio do próximo ano.
A Guemará pergunta ainda: Mas se poderia dizer que é o mês de Elul, o mês em que começava a colheita do grão nos campos, e o que significaria sétimo? É o sétimo mês desde o mês de Adar. A Guemará responde: O mês em que ocorre a maior parte da colheita é necessário, e este não é o caso em Elul, pois a maior parte da colheita já terá sido feita em Tishrei. A Guemará pergunta: Mas a maior parte da colheita é o que foi registrado no verso? Por outro lado, Ravina disse: Este assunto não aprendemos com a Torá de Moshe, nosso mestre; em vez disso, aprendemos com os textos da tradição, ou seja, os textos de profetas e escritos: “No vigésimo quarto dia do décimo primeiro mês, o mês de Shevat” (Zehariah 1 : 7).
Se Shevat é o décimo primeiro mês, Nissan tem que ser o primeiro mês. Raba bar Úla disse: É concluído daqui, como está declarado: “Ela foi levada ao rei Ahashverosh, no palácio real, do décimo mês, Tevet, durante o sétimo ano de seu reinado” (Ester 2 : 16). O Rav Kahana disse: É concluído daqui: “...no quarto dia do nono mês, Kislev...” (Zehariah 7 : 1). Rav Aḥa bar Iáacov disse: É concluído daqui, como está dito: “os secretários do rei foram chamados nesse momento, no vigésimo terceiro dia do terceiro mês, Sivan...” (Ester 8 : 9). O Rav Ashi disse: É concluído daqui: "...começaram a lançar Pur diante de Haman todos os dias e todos os meses até o décimo segundo mês, o mês de Adar" (Ester 3 : 7). E se preferir, diga que é concluído daqui: “No primeiro mês, isto é, o mês de Nissan” (Ester 3 : 7).
A Guemará pergunta: E todos os outros, por qual razão não disseram que é concluído daqui, no último verso mencionado, que se refere explicitamente a Nissan como o primeiro mês? A Guemará responde: É porque talvez se pudesse dizer: O que significaria neste caso, o termo primeiro? Significa o primeiro em relação à seu tema, ou seja, os meses do decreto, e por isso não pode ser comprovado disso que Nissan seria o primeiro dos meses do ano.
A Guemará pergunta: E por que o Taná de nossa Mishná não listou o primeiro dia de Nissan como o Ano Novo dos meses, assim como o Taná do baraita fez?
A Guemará responde: Ele estava lidando com temas ligados a anos, mas não estava lidando com assuntos ligados a meses.
§ Foi ensinado no baraita: E no primeiro dia de Nissan é o ano novo para os anos bissextos...A Guemará pergunta: Será que realmente contamos os anos bissextos de Nissan? Mas não foi ensinado num baraita: O tribunal não pode declarar um ano bissexto antes de Rosh HaShanah, e se eles declararem um ano bissexto antes de Rosh HaShanah, a declaração não é válida e não é considerada um ano bissexto! Mas devido a circunstâncias urgentes, por exemplo, perseguição religiosa, se pode declarar logo após Rosh HaShanah. Naquela época, os Sábios poderiam declarar que o próximo ano seria um ano bissexto de acordo com seus cálculos. Mesmo assim, o mês extra adicionado ao ano bissexto pode ser apenas um segundo Adar. Em que sentido, então, Nissan seria o ano novo "para os anos bissextos"? O Rav Naḥman bar Itzhak disse: O que se entende aqui por anos bissextos? Significa o fim de um ano bissexto. Uma vez que o mês de Nissan chegue, o ano anterior não pode mais ser declarado 'um ano bissexto', como aprendemos numa Mishná: Eles, o rabino Iehoshua e o rabino Pap'ias, testemunharam que o tribunal poderia declarar um ano bissexto durante todo o mês de Adar , posto que houve Sábios que disseram: Um ano pode ser declarado como bissexto somente até Purim, e se a decisão de declarar um ano bissexto não for tomada antes de Purim, o ano não poderá mais ser declarado bissexto.
A Guemará explica a disputa: Qual é a justificativa daquele que disse que um ano bissexto só pode ser declarado até Purim? É porque o Mestre tinha dito: Se pergunta sobre halahot da Pessa'h, trinta dias antes da Pessa'h. Portanto, imediatamente após Purim, ainda em quinze de Adar, quando as pessoas já começaram a estudar as halahot de Pessa'h, que ocorre no dia quinze de Nissan. Se a corte declarasse um ano bissexto após Purim, a festa de Pessa'h seria adiada por mais um mês. Nesse caso, havia a preocupação de que as pessoas viessem a rebaixar a atenção que se deve dar, à proibição do pão fermentado e não observassem o Pessa'h, em sua nova data da forma adequada. E os outros sábios, o rabino Iehoshua e o rabino Pap'ias, que não se preocupavam com isso, o que eles diziam? Eles diziam que as pessoas sabem que um ano bissexto depende do cálculo e presumiam que os Sábios não concluíram o cálculo até então, depois de Purim. Visto que este era um tema de conhecimento comum, não havia preocupação de que, declarar um ano bissexto naquela época tardia, levava a uma desconsideração da halahot de Pessa'h. A Guemará pergunta: E por qual motivo, o Taná de nossa Mishná não incluiu o primeiro de Nissan como o Ano Novo para os anos bissextos?
A Guemará responde: É que ele está lidando com anos que começam no primeiro dia de Nissan, mas não está lidando com anos que terminam nessa data. Com relação aos anos bissextos, o primeiro de Nissan é o final, não o começo.
§ Foi ensinado no baraita: E o primeiro de Nissan é o Ano Novo para a coleta dos Shekels que haviam sido coletados em Adar e eram usados para comprar animais para ofertas comunitárias e outras necessidades do Templo. A Guemará pergunta: De onde derivamos isso? O rabino Ioshia disse que o verso afirma: “...esta é a Oferta de Olah, para todo Rosh Hodesh, todos os meses [leḥodshei] do ano” (Bamidbar 28 : 14). O termo aparentemente supérfluo: “todos os meses [leḥodshei] do ano,” deve ser entendida do seguinte modo: A Torá está dizendo aqui: Renovem [ḥadesh] o ano e tragam uma oferta da nova coleta de Shekels. E isso é concluído por meio de uma analogia verbal entre uma instância da palavra "ano" e outra instância da palavra "ano", de que o ano começa para este propósito em Nissan, como está escrito em relação a Nissan: "este mês será para vocês, o princípio dos meses...” (Shemot 12 : 2).
A Guemará questiona: Mas então vamos aprender por meio da analogia verbal entre uma ocorrência do termo "ano" e uma ocorrência diferente do termo "ano", que o ano começaria para este propósito em Tishrei! Afinal está escrito em relação a Tishrei: “Desde o início do ano” (Devarim 11 : 12). A Guemará responde: Um argumento deriva o sentido do termo “ano” junto com quais “meses” foram mencionados em relação, como o verso afirma: “Ao longo dos meses do ano”, e da outra ocorrência do termo “ano” juntamente com quais meses foram mencionados, como o verso afirma: "Será o primeiro mês do ano para vocês." E não se extrai o sentido da palavra "ano" junto com a quais meses foram mencionados de uma ocorrência do termo "ano" que esteja junto a menção de "meses" que não foram mencionados, como o verso afirma: "Desde o início do ano...”
§ O Rav Iehudá disse que Shmuel tinha dito: Com relação às ofertas comunitárias que eram trazidas no primeiro dia de Nissan, há uma mitzvá de trazê-las da nova contribuição de Shekels coletados para aquele ano. No entanto, se alguém as trouxesse da antiga contribuição, ou seja, dos Shekels do ano anterior, ele cumpria a obrigação com relação às ofertas, mas carecia da mitzvá de trazê-los dos novos Shekels. A Guemará comenta: Esta halahá também foi ensinada num baraita: Com relação às ofertas comunitárias que eram trazidas no primeiro dia de Nissan, há uma mitzvá de trazê-las com a nova contribuição de Shekels. No entanto, se alguém trouxesse da antiga contribuição, ele cumpriria a obrigação com relação as ofertas, mas ele careceria da mitzvá de trazê-los dos novos Shekels. Se uma pessoa em particular se ofereceu para trazer as ofertas comunitárias de sua própria propriedade, elas seriam adequadas para o altar, desde que ele as transferisse a posse para a comunidade. A Guemará pergunta: É óbvio que se pode doar um bem para a comunidade, desde que se transfira a posse para a comunidade da forma adequada. Para quê dizer isso?
A Guemará responde: Para que não se diga que devemos nos preocupar que talvez ...
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... ele não os transferirá realmente ao público, sem reservas, e intimanete pense nos bens como seus; por causa disso, o baraita nos ensina que essa possibilidade, não é motivo de preocupação. A Guemará pergunta: E por que o Taná de nossa Mishná não contou o primeiro de Nissan como o Ano Novo para os Shekels?
A Guemará responde: O Taná da Mishná listou apenas os Anos Novos definidos. Uma vez que foi ensinado: Se alguém os trouxesse da antiga contribuição, ele cumpriu sua obrigação, ele não poderia estabelecer este ano novo, como uma regra definitiva, e então ele não ensinou assim.
§ Foi ensinado no baraita: E alguns disseram que o primeiro dia de Nissan, seria também o ano novo para o aluguel de casas. Os Sábios ensinavam o seguinte baraita: Se alguém alugar uma casa para outra pessoa por um ano, ele conta doze meses de um dia para o outro. Mas se ele disse que estava alugando para este ano, então mesmo que o acordo tenha sido feito apenas no primeiro dia de Adar, assim que o primeiro de Nissan chegar um mês depois, será contado como um ano, e o contrato de aluguel chegará ao fim.
A Guemará comenta: Mesmo segundo aquele que disse que, um dia do ano é considerado um ano, neste caso é diferente, no que diz respeito a halahot de aluguéis, porque uma pessoa não se dá ao trabalho de alugar uma casa por menos de trinta dias. Portanto, se alguém alugou uma casa após o primeiro dia de Adar, os dias restantes de Adar não são considerados um ano completo.
A Guemará pergunta: Mas por que não dizer que o primeiro ano de Tishrei é o Ano Novo para o aluguel de casas e, portanto, se alguém alugar uma casa por um ano no verão, o ano terminará em Tishrei?
A Guemará responde: Quem alugar uma casa sem especificação pretendendo alugá-la por todo o período das chuvas, será até Nissan, quando termina o período das chuvas.
A Guemará pergunta: E por que o primeiro Taná do baraita e o Taná de nossa Mishná não incluíram o primeiro de Nissan como o Ano Novo para o aluguel de casas? Eles afirmaram que mesmo em Nissan é comum que os céus fiquem cobertos de nuvens e chovam. Portanto, quem aluga uma casa não tem em mente alugá-la apenas até o primeiro dia de Nissan, pois presumivelmente não quer se encontrar numa situação sem-teto quando ainda estiver chovendo.
§ A Mishná declarou: No primeiro dia de Elul é o Ano Novo para os dízimos dos animais.
A Guemará comenta: Quem é o autor da opinião citada nesta Mishná? É o rabino Meir, como é ensinado numa Mishná que o rabino Meir disse: No primeiro dia de Elul é o Ano Novo para os dízimos dos animais. A Guemará pergunta: E com relação aos Festivais, ou seja, que o primeiro de Nissan seria o Ano Novo dos Festivais, quem é o autor da opinião citada naquela Mishná? É o rabino Shimon, que afirmava que se transgride a proibição de atrasar [promessas], apenas se os três Festivais tiverem passado na sua ordem adequada, com Pessa'h primeiro. Que se diga a última cláusula da Mishná, que afirma que o rabino Elazar e o rabino Shimon disseram: O Ano Novo para os dízimos dos animais é no primeiro dia de Tishrei. Será que a primeira e a última cláusula seguem a opinião do rabino Shimon, enquanto a cláusula do meio relativa aos dízimos dos animais segue a opinião do rabino Meir? O rav Iossef disse: A Mishná inteira está de acordo com a opinião do rabino Iehudá HaNassi, e ele considera a Mishná de acordo com as opiniões de diferentes Tanaim. Com relação aos Festivais, ele mantém de acordo com a opinião do rabino Shimon, enquanto com relação aos dízimos dos animais ele mantém de acordo com a opinião do rabino Meir. A Guemará propõe uma dificuldade: Sendo assim, como são quatro anos novos? Se o Taná da Mishná sustenta que o primeiro de Elul seria o Ano Novo para os dízimos de animais, haveriam cinco anos novos: o primeiro de Nissan, o décimo quinto de Nissan, o primeiro de Elul, o primeiro de Tishrei e o décimo quinto de Shevat. Rava disse: Existem apenas quatro anos novos, de acordo com cada opinião: Existem quatro de acordo com o rabino Meir, que retira o ano novo para os festivais, pois segundo ele, não há um tempo determinado para se começar a contar os festivais. De acordo com a opinião do rabino Shimon também há quatro anos novos, pois ele retira o ano novo para os dízimos dos animais, pois segundo ele aquilo seria no primeiro dia de Tishrei, que já está listado. O rav Naḥman bar Itzhak deu uma resposta alternativa: A Mishná deve ser entendida da seguinte forma: Há quatro meses em que existem vários anos novos, já que em Nissan, de acordo com o rabino Meir, há dois anos novos: Para os reis no primeiro e para festivais no décimo quinto dia. A Guemará propõe uma objeção do seguinte baraita: O décimo sexto dia de Nissan é o Ano Novo para a oferta de omer, a partir desta data é permitido comer da nova safra de grãos. O sexto dia de Sivan é o Ano Novo para os dois pães, ou seja, a oferta pública de dois pães do novo trigo trazido em Shavuot, a partir deste dia é permitido trazer ofertas de farinha no Templo a partir do novo grão. Sendo assim, de acordo com Rava, que a Mishná ensine que há seis anos novos, incluindo o décimo sexto de Nissan e o sexto de Sivan, e de acordo com o rav Naḥman bar Itzhak, que ensine que há cinco anos novos, já que Sivan é um mês em que há um ano novo. O rav Papa disse: Quando o Taná da Mishná conta o Ano Novo, ele conta apenas aqueles que começam ao anoitecer; aqueles que não começam à noite, ele não conta. Como o Ano Novo associado a oferta do omer e o da oferta de dois pães, não começam à noite, mas apenas a partir do momento em que são ofertados, ele não os incluiu. A Guemará questiona: Mas há o Ano Novo das Festas, que não começam à noite, pois a proibição relacionada a se atrasar [o cumprimento dos compromissos], não se transgride à noite, quando começa a Festa, mas apenas pela manhã, depois de terminada a oferta diária que era trazida; e a pessoa ainda poderia trazer o animal prometido para o altar, e mesmo assim o Taná o conta!
A Guemará responde: Já que ele teve que trazer seu voto pelo Festival, ele é responsabilizado desde o início do Festival por transgredir a proibição contra se atrasar. A Guemará pergunta ainda: Mas há o Ano Novo para o Iovél, que não começa à noite, mas na hora do toque do shofar no Iom Kipur ainda durante o dia, e mesmo assim o Taná o conta!
A Guemará responde: A Mishná está de acordo com a opinião do rabino Ishmael, filho do rabino Ioḥanan ben Beroka, que disse que o Ano do Iovél começa em Rosh HaShanah, e o toque do shofar apenas completa o prazo para a libertação dos escravizados. Portanto, o Ano Novo para o Iovél está incluído. O rav Sheisha, filho do rav Idi, deu uma explicação diferente do motivo pelo qual, o Ano Novo para a oferta de omer, e o Ano Novo para a oferta de dois pães não foram mencionados na Mishná: Quando o Taná da Mishná conta o Ano Novo, ele considera apenas aqueles que não dependiam de uma ação; aqueles que dependiam de uma ação, por exemplo, a oferta do omer ou dos dois pães, ele não contava.
A Guemará pergunta: Mas há o Ano Novo para as Festas, que dependem de uma ação, ou seja, a Oferta diária, uma vez que nenhuma oferta poderia ser trazida antes da oferta diária e, no entanto, o Taná a conta!
A Guemará responde: Não é assim! Pois a transgressão da proibição: Você não deve atrasar, não depende de mais nada; em vez disso, começa por si só assim que o Festival começa.
