“O QUE TEMOS VISTO ATÉ aqui evidencia a difícil tarefa de mantermos um equilíbrio harmônico entre nossa satisfação interna e nossas expectativas em relação ao mundo externo.”
“Isto que chamamos de paz é, na verdade, não tanto um estado ou uma condição, mas talvez uma consciência comum. Tal consciência permitiria, por meio do bom-senso individual e da justiça coletiva, propiciar uma era de consenso em relação a direitos e obrigações. A paz é, portanto, o momento em que se tornam cristalinamente óbvios para todas as possíveis partes de qualquer interação os limites do que é justo dar e receber. Quando isto for uma consciência comum, se descobrirá que a paz não depende da realização do que é justo imediatamente, mas sim de que esta justiça seja reconhecida como tal.”
Excerpt From: Nilton Bonder. “A Cabala da inveja.”
“Para que isto possa ocorrer, ainda precisamos refinar em muito nossa tecnologia de paz.
Os avanços através dos tempos não foram poucos: a jurisprudência, a cidadania, a democracia e mesmo a ecologia. Todos estes avanços, no entanto, funcionam por meio de uma tecnologia que não alcança abarcar o outro. E é neste sentido que nossa tecnologia é ainda tão arcaica e corrupta.
Para atingir esta nova tecnologia, vamos ter de investir em programas de governo não do mundo exterior, mas do interior. Programas de conscientização nas áreas da saúde, da educação, do desarmamento e da criação de áreas de competências bem delimitadas. Com certeza esta não é uma lista exaustiva de programas de conscientização, mas representa uma base para o estabelecimento deste novo patamar tecnológico de paz.
E de que forma descreveríamos tais programas?”
Excerpt From: Nilton Bonder. “A Cabala da inveja.”
The Software
Excerpt From: Nilton Bonder. “A Cabala da inveja.”
Devemos saber o tamanho de cada passo que assumimos para que estes, além de cobrirem uma certa distância, na própria essência de sua medida, possam nos ensinar. Este é um dos grandes desafios na conquista da paz. Se ministramos a nós mesmos shiurim (medidas) equivocadas, ou seja, se vamos além ou aquém de nossa capacidade real de aprendizado, colocamos em risco qualquer processo de crescimento e de paz.
A consciência educativa é, portanto, reguladora no sentido de que não nos alienemos de nossas capacidades nem subestimemos nossos limites. Cada vez que nossos potenciais e limites são aferidos propriamente, completamos uma lição. O impressionante deste processo é que, uma vez assimilada a última aferição, nossos potenciais e limites se modificam, de forma a acomodar novas medidas (lições).”
Excerpt From: Nilton Bonder. “A Cabala da inveja.”
(א) אֵלּוּ דְבָרִים שֶׁאֵין לָהֶם שִׁעוּר. הַפֵּאָה, וְהַבִּכּוּרִים, וְהָרֵאָיוֹן, וּגְמִילוּת חֲסָדִים, וְתַלְמוּד תּוֹרָה. אֵלּוּ דְבָרִים שֶׁאָדָם אוֹכֵל פֵּרוֹתֵיהֶן בָּעוֹלָם הַזֶּה וְהַקֶּרֶן קַיֶּמֶת לוֹ לָעוֹלָם הַבָּא. כִּבּוּד אָב וָאֵם, וּגְמִילוּת חֲסָדִים, וַהֲבָאַת שָׁלוֹם בֵּין אָדָם לַחֲבֵרוֹ, וְתַלְמוּד תּוֹרָה כְּנֶגֶד כֻּלָּם:
(1) These are the things that have no definite quantity: The corners [of the field]. First-fruits; [The offerings brought] on appearing [at the Temple on the three pilgrimage festivals]. The performance of righteous deeds; And the study of the torah. The following are the things for which a man enjoys the fruits in this world while the principal remains for him in the world to come: Honoring one’s father and mother; The performance of righteous deeds; And the making of peace between a person and his friend; And the study of the torah is equal to them all.
Excerpt From: Nilton Bonder. “A Cabala da inveja.”
(יב) הִלֵּל וְשַׁמַּאי קִבְּלוּ מֵהֶם. הִלֵּל אוֹמֵר, הֱוֵי מִתַּלְמִידָיו שֶׁל אַהֲרֹן, אוֹהֵב שָׁלוֹם וְרוֹדֵף שָׁלוֹם, אוֹהֵב אֶת הַבְּרִיּוֹת וּמְקָרְבָן לַתּוֹרָה:
(12) Hillel and Shammai received [the oral tradition] from them. Hillel used to say: be of the disciples of Aaron, loving peace and pursuing peace, loving mankind and drawing them close to the Torah.
“(... um dos primeiros métodos de terapia por meio de visualizações)”
“Identificar-se é, portanto, ver. A mediação de Arão nos ensina que não é necessário que ambos os contendores tenham realmente expresso aquilo que lhes é relatado. A “mentira” de Arão serve para demonstrar que a possibilidade de ambos os homens virem a visualizar o que lhes era contado é em si suficiente para aproximá-los e identificá-los um com o outro.”
Excerpt From: Nilton Bonder. “A Cabala da inveja.”
“A consciência de desarmamento diz respeito à capacidade de simular condições nas quais sejam propiciados encontros com o outro.”
Excerpt From: Nilton Bonder. “A Cabala da inveja.”
Conta-se que certa vez, durante a Idade Média, padres de uma localidade procuraram o rei para reclamar que a sinagoga de sua comunidade era mais alta do que a torre da igreja. O rei respondeu:
“Eu governo sobre o comprimento e a largura da terra. Quanto a alturas, no entanto, há outro Governante.”
Excerpt From: Nilton Bonder. “A Cabala da inveja.”